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domingo, 3 de outubro de 2010
Salario de um deputado federal
O salário de um deputado federal
Texto Rodrigo Cavalcante
1. Qual é o salário oficial?
Após o novo aumento, a remuneração na folha de pagamento vai para R$ 16 512. Com o desconto do Imposto de Renda, na alíquota de 27,5%, o valor líquido é de R$ 11 971,20.
2. Quanto eles embolsam?
Os deputados ganham mais R$ 3 000 por mês de auxílio-moradia e R$15 000 mensais de “verba indenizatória”, que inclui o ressarcimento de gastos tão variados como os de combustível e TV a cabo (por isso mesmo, estão sendo contestados pela Justiça). Além do 13º, eles recebem uma espécie de 14º e 15º como “ajuda de custo”. Dividindo tudo por 12 meses (incluindo o salário e o 13º), o valor mensal bruto passa para R$ 39 390.
3. Quanto eles custam para a gente?
Pelo menos R$ 98 728,08. Além dos vencimentos, cada um tem R$ 50 815,62 para pagar os assessores, mais R$ 4 268,55 para despesas postais e telefônicas e verba de transporte aéreo que oscila hoje entre R$ 4 253,91 e R$ 16 938,44. Isso sem contar as despesas médicas, todas reembolsadas, o direito a publicações, o material de escritório e as despesas comuns de manutenção da Câmara.
Texto Rodrigo Cavalcante
1. Qual é o salário oficial?
Após o novo aumento, a remuneração na folha de pagamento vai para R$ 16 512. Com o desconto do Imposto de Renda, na alíquota de 27,5%, o valor líquido é de R$ 11 971,20.
2. Quanto eles embolsam?
Os deputados ganham mais R$ 3 000 por mês de auxílio-moradia e R$15 000 mensais de “verba indenizatória”, que inclui o ressarcimento de gastos tão variados como os de combustível e TV a cabo (por isso mesmo, estão sendo contestados pela Justiça). Além do 13º, eles recebem uma espécie de 14º e 15º como “ajuda de custo”. Dividindo tudo por 12 meses (incluindo o salário e o 13º), o valor mensal bruto passa para R$ 39 390.
3. Quanto eles custam para a gente?
Pelo menos R$ 98 728,08. Além dos vencimentos, cada um tem R$ 50 815,62 para pagar os assessores, mais R$ 4 268,55 para despesas postais e telefônicas e verba de transporte aéreo que oscila hoje entre R$ 4 253,91 e R$ 16 938,44. Isso sem contar as despesas médicas, todas reembolsadas, o direito a publicações, o material de escritório e as despesas comuns de manutenção da Câmara.
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010
POLITICA I
Achei interessante esse texto..
A coluna de hoje é do tipo papo de boteco. Ou seja, a mais informal possível, pura falação descompromissada. É claro que também nos botecos as pessoas dizem o que pensam. Às vezes só o fazem nesse ambiente, o mais propício de todos. Lá vai.
De vez em quando, um candidato reconhece alguma virtude no adversário. Quase nunca se trata de objetividade ou de honestidade, mas de ganhar com isso, de fazer agrados aos eleitores, de evitar um choque com a opinião da maioria ou de um grupo. Parece que foi o que tentou a campanha do PSDB, no começo, tanto que o slogan era "O Brasil pode mais" (os chargistas exageram, colocando Serra na garupa do Lula, apropriando-se até da palavra que ele usou para caracterizar a posição de Dilma na campanha).
O mais comum é um candidato dizer que o outro não fez determinada coisa e que ele fez. Ora, é claro que Dilma não distribuiu remédios e que Serra não coordenou o PAC. Aliás, falando sério, por que um ex-ministro da Saúde insiste em dizer que executou programas de saúde e uma ex-ministra da Casa Civil repete que coordenou programas, se apenas fizeram suas obrigações?
Todos os comentaristas pedem programas e idéias. Mas nós - eleitores - só temos debates em que os candidatos têm dois minutos para dizer como vão combater o aquecimento global e propagandas em que eles dizem o que dá na telha de seus marqueteiros, em geral meias verdades.
Acabo de vir da rua, e, na rádio, ouvia uma longa entrevista com o candidato a governador pelo PSOL. Pode ser que também outros sejam convincentes, ou tão pouco convincentes, a depender da ideologia do ouvinte. Mas foi muito interessante ouvir dele como um governo do PSOL arranjaria dinheiro para dobrar o número de salas de aula, por exemplo. Claro que a solução exigiria mudar o rumo do elefante branco que é o Estado, mas a conversa é bem diferente daquela que o partido se obriga a fazer em menos de um minuto na propaganda na TV. Sei também que muitos dirão que isso é exercício acadêmico, que nada tem a ver com a realidade. Acontece que a conversa teria tudo a ver com a realidade, se esta fosse outra, se fosse mudada. Porque a que temos também foi construída.
***
Jornais reclamam das quebras de sigilo. De fato, é um horror. Mas eles acham ótimo quando um sigilo quebrado lhes dá matérias de primeira página contra seus adversários. Não entregar a fonte pode ser um direito constitucional. Mas eu acho uma covardia esse papo de "preservar a fonte", que é sempre alguém de dentro da máquina do poder que faz cópias de processos e entrega aos adversários, frequentemente jornalistas e jornais. Parece que não se paga pelo serviço (vai saber!). Se o cara fosse mesmo decente (e valente!), apareceria no jornal denunciando os crimes sobre que informa sorrateiramente e que a imprensa, feliz da vida, publica. E fatura.
***
Gostaria de ver um debate decente - bem decente - sobre a telefonia, a mais badalada das privatizações. É claro que não há comparação entre hoje e o tempo em que se declarava linha de telefone no imposto de renda. Mas eu queria ver, no debate, uma comparação entre os preços no Brasil e na Espanha, de onde vem uma das principais companhias do ramo. E que tal um debate sobre diversos modelos de pedágio? Queria mesmo entender melhor. E os programas eleitorais não informam!
***
Não gosto de alguns aspectos das campanhas americanas, especialmente da bisbilhotice sobre a adolescência de candidatos. Eles parecem acreditar que, se um candidato fumou maconha quando tinha 16 anos ou se bebeu mais do que devia num happy-hour, então tem problemas de caráter e não pode ser governante. Pois eu acho o contrário. Ou quase. Além disso, têm uma visão muito particular sobre a importância de dizer a verdade: não distinguem entre uma mentira política (o Iraque tem armamentos?) e não dizer a verdade sobre questões privadas (o exemplo pode ser de novo o uso da maconha, que levou Clinton a proclamar que tinha fumado, mas não tinha tragado).
Neste aspecto, prefiro nossa cultura. Crime é crime, bisbilhotice é bisbilhotice. O que menos importa é com quem fulano ou fulana dormiu. Ou não dormiu.
***
Jornais querem ter acesso a documentos sobre a fase guerrilheira de Dilma Roussef. A meu ver, se revelarem alguma ação mais grave pela qual ela tenha sido responsável, só deveriam publicar se, em coluna ao lado, confessassem claramente que apoiaram a ditadura que ela combateu com os métodos que, na época, lhe pareceram corretos. Não é decente invocar o contexto histórico para defender-se do apoio ao golpe contra um presidente constitucional e não levar em conta o mesmo contexto para analisar a posição dos adversários. Afinal, Dilma combatia a ditadura que eles ajudaram a montar e a manter. E a ditadura veio antes!
***
Não acho que a propaganda de Tiririca seja menos séria que outras, proferidas com cara de gente de bem, como prometer dois professores em cada sala de aula.
***
Li que Serra pareceu autêntico em sua fala denunciando o Estado pela quebra do sigilo de sua filha. Os marqueteiros (e alguns psicólogos, como um estrangeiro que deita falação na Folha sobre o caráter dos candidatos, com base em arquear sobrancelhas, por exemplo) dizem que os candidatos devem parecer sinceros, autênticos etc. Que os telespectadores captam sutilezas inimagináveis. Pois eu achei Serra muito convincente quando "brincou" (ele sempre aparece sério como um contador - sua roupa comum ajuda) com a repórter do CQC. Ele "contou" a ela que tinha dito na sua esposa que iria paquerá-la, e que Monica teria respondido "Pois você tem muito bom gosto". Acho que esse trecho deveria ir para a propaganda. Pareceu humano.
Sírio Possenti é professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp e autor de Por que (não) ensinar gramática na escola, Os humores da língua, Os limites do discurso, Questões para analistas de discurso e Língua na Mídia.
Cada coisa, a cada dia pego mais nojo de politica...
A coluna de hoje é do tipo papo de boteco. Ou seja, a mais informal possível, pura falação descompromissada. É claro que também nos botecos as pessoas dizem o que pensam. Às vezes só o fazem nesse ambiente, o mais propício de todos. Lá vai.
De vez em quando, um candidato reconhece alguma virtude no adversário. Quase nunca se trata de objetividade ou de honestidade, mas de ganhar com isso, de fazer agrados aos eleitores, de evitar um choque com a opinião da maioria ou de um grupo. Parece que foi o que tentou a campanha do PSDB, no começo, tanto que o slogan era "O Brasil pode mais" (os chargistas exageram, colocando Serra na garupa do Lula, apropriando-se até da palavra que ele usou para caracterizar a posição de Dilma na campanha).
O mais comum é um candidato dizer que o outro não fez determinada coisa e que ele fez. Ora, é claro que Dilma não distribuiu remédios e que Serra não coordenou o PAC. Aliás, falando sério, por que um ex-ministro da Saúde insiste em dizer que executou programas de saúde e uma ex-ministra da Casa Civil repete que coordenou programas, se apenas fizeram suas obrigações?
Todos os comentaristas pedem programas e idéias. Mas nós - eleitores - só temos debates em que os candidatos têm dois minutos para dizer como vão combater o aquecimento global e propagandas em que eles dizem o que dá na telha de seus marqueteiros, em geral meias verdades.
Acabo de vir da rua, e, na rádio, ouvia uma longa entrevista com o candidato a governador pelo PSOL. Pode ser que também outros sejam convincentes, ou tão pouco convincentes, a depender da ideologia do ouvinte. Mas foi muito interessante ouvir dele como um governo do PSOL arranjaria dinheiro para dobrar o número de salas de aula, por exemplo. Claro que a solução exigiria mudar o rumo do elefante branco que é o Estado, mas a conversa é bem diferente daquela que o partido se obriga a fazer em menos de um minuto na propaganda na TV. Sei também que muitos dirão que isso é exercício acadêmico, que nada tem a ver com a realidade. Acontece que a conversa teria tudo a ver com a realidade, se esta fosse outra, se fosse mudada. Porque a que temos também foi construída.
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Jornais reclamam das quebras de sigilo. De fato, é um horror. Mas eles acham ótimo quando um sigilo quebrado lhes dá matérias de primeira página contra seus adversários. Não entregar a fonte pode ser um direito constitucional. Mas eu acho uma covardia esse papo de "preservar a fonte", que é sempre alguém de dentro da máquina do poder que faz cópias de processos e entrega aos adversários, frequentemente jornalistas e jornais. Parece que não se paga pelo serviço (vai saber!). Se o cara fosse mesmo decente (e valente!), apareceria no jornal denunciando os crimes sobre que informa sorrateiramente e que a imprensa, feliz da vida, publica. E fatura.
***
Gostaria de ver um debate decente - bem decente - sobre a telefonia, a mais badalada das privatizações. É claro que não há comparação entre hoje e o tempo em que se declarava linha de telefone no imposto de renda. Mas eu queria ver, no debate, uma comparação entre os preços no Brasil e na Espanha, de onde vem uma das principais companhias do ramo. E que tal um debate sobre diversos modelos de pedágio? Queria mesmo entender melhor. E os programas eleitorais não informam!
***
Não gosto de alguns aspectos das campanhas americanas, especialmente da bisbilhotice sobre a adolescência de candidatos. Eles parecem acreditar que, se um candidato fumou maconha quando tinha 16 anos ou se bebeu mais do que devia num happy-hour, então tem problemas de caráter e não pode ser governante. Pois eu acho o contrário. Ou quase. Além disso, têm uma visão muito particular sobre a importância de dizer a verdade: não distinguem entre uma mentira política (o Iraque tem armamentos?) e não dizer a verdade sobre questões privadas (o exemplo pode ser de novo o uso da maconha, que levou Clinton a proclamar que tinha fumado, mas não tinha tragado).
Neste aspecto, prefiro nossa cultura. Crime é crime, bisbilhotice é bisbilhotice. O que menos importa é com quem fulano ou fulana dormiu. Ou não dormiu.
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Jornais querem ter acesso a documentos sobre a fase guerrilheira de Dilma Roussef. A meu ver, se revelarem alguma ação mais grave pela qual ela tenha sido responsável, só deveriam publicar se, em coluna ao lado, confessassem claramente que apoiaram a ditadura que ela combateu com os métodos que, na época, lhe pareceram corretos. Não é decente invocar o contexto histórico para defender-se do apoio ao golpe contra um presidente constitucional e não levar em conta o mesmo contexto para analisar a posição dos adversários. Afinal, Dilma combatia a ditadura que eles ajudaram a montar e a manter. E a ditadura veio antes!
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Não acho que a propaganda de Tiririca seja menos séria que outras, proferidas com cara de gente de bem, como prometer dois professores em cada sala de aula.
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Li que Serra pareceu autêntico em sua fala denunciando o Estado pela quebra do sigilo de sua filha. Os marqueteiros (e alguns psicólogos, como um estrangeiro que deita falação na Folha sobre o caráter dos candidatos, com base em arquear sobrancelhas, por exemplo) dizem que os candidatos devem parecer sinceros, autênticos etc. Que os telespectadores captam sutilezas inimagináveis. Pois eu achei Serra muito convincente quando "brincou" (ele sempre aparece sério como um contador - sua roupa comum ajuda) com a repórter do CQC. Ele "contou" a ela que tinha dito na sua esposa que iria paquerá-la, e que Monica teria respondido "Pois você tem muito bom gosto". Acho que esse trecho deveria ir para a propaganda. Pareceu humano.
Sírio Possenti é professor associado do Departamento de Linguística da Unicamp e autor de Por que (não) ensinar gramática na escola, Os humores da língua, Os limites do discurso, Questões para analistas de discurso e Língua na Mídia.
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Segurança para a Alma
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtVWNzc23C2AYWF0JbUVr-uzuN6a81KgaWi7UFTnaOgHSDsyUiHY5XWSlkIvYePbFXVUpMaJtOu8skfxLoXAc8gprvS_DK0IbeF0gHmovd_xe4xWXAQE02g8O4bjdJ2TmZG155NOSlNZxc/s320/418.jpg)
Élder Jeffrey R. Holland
Do Quórum dos Doze Apóstolos
Quero que fique absolutamente claro quando eu me colocar diante do tribunal de Deus que declarei ao mundo (…) que o Livro de Mórmon é verdadeiro.
Élder Jeffrey R. HollandAs profecias relacionadas aos últimos dias frequentemente falam de calamidades, tais como terremotos, fomes ou inundações. Essas, por sua vez, podem estar ligadas a vários tipos de distúrbios econômicos ou políticos generalizados.
Mas há um tipo de destruição dos últimos dias que sempre me soou mais pessoal do que pública, mais individual do que coletiva — uma advertência que talvez se aplique mais dentro da Igreja do que fora dela. O Salvador alertou-nos de que nos últimos dias até os que fizessem parte do convênio, os próprios eleitos, poderiam ser enganados pelo inimigo da verdade.1 Se pensarmos nisso como uma forma de destruição espiritual, outra profecia dos últimos dias pode ser esclarecida. Imaginem que o coração simboliza o cerne de nossa fé, o receptáculo poético de nossa lealdade e nossos valores, e depois reflitam a respeito da declaração feita por Jesus de que nos últimos dias “o coração dos homens lhes [falharia]”.2
O que nos encoraja, evidentemente, é saber que o Pai Celestial conhece todos esses perigos modernos, essas tribulações que afligem a alma e o coração, e que Ele nos deu conselhos e meios de proteger-nos deles.
Sempre foi significativo para mim que o Livro de Mórmon, uma das sólidas “pedras angulares”3 do Senhor nesse contra-ataque aos males dos últimos dias, comece com uma grande parábola da vida, uma alegoria da esperança em oposição ao medo, da luz em oposição às trevas, da salvação em oposição à destruição. Uma alegoria daquilo sobre o que a irmã Ann M. Dibb falou de modo tão tocante esta manhã.
No sonho de Leí, uma jornada já bastante difícil tornou-se ainda mais árdua quando se ergueu uma névoa de escuridão obstruindo toda a visão do caminho seguro, porém estreito, que sua família e outros deviam seguir. É fundamental que notemos que essa névoa de escuridão desceu sobre todos os viajantes — tanto os fiéis e determinados (os eleitos, poderíamos dizer) quanto os fracos e instáveis. O ponto principal da história é que os viajantes bem-sucedidos resistiram a todas as distrações, inclusive à sedução dos caminhos proibidos e às zombarias dos vaidosos e orgulhosos que seguiram por eles. O relato diz que os protegidos “avançavam continuamente [e eu acrescentaria tenazmente] agarrados à barra de ferro” que se estendia infalivelmente por todo o percurso do caminho verdadeiro.4 Por mais escura que fosse a noite ou o dia, a barra assinalava o caminho daquela trilha solitária e redentora.
“Vi”, Néfi diria mais tarde: “que a barra de ferro (…) era a palavra de Deus, que conduzia à (…) árvore da vida; (…) um símbolo do amor de Deus”. Ao ver essa manifestação do amor de Deus, Néfi prossegue:
“E eu olhei e vi o Redentor do mundo, (…) que [saiu] ministrando entre o povo. (…)
E vi multidões de pessoas doentes e afligidas com toda espécie de moléstias e com demônios e espíritos imundos; (…) E foram curadas pelo poder do Cordeiro de Deus e os demônios e espíritos imundos foram expulsos”.5
Amor, cura, auxílio, esperança — o poder de Cristo para combater todos os problemas em todas as épocas, inclusive no final dos tempos. Esse é o porto seguro que Deus deseja que tenhamos nos dias de desespero pessoal ou coletivo. Essa é a mensagem com a qual o Livro de Mórmon começa e também termina, chamando todos para “[vir] a Cristo [e ser] aperfeiçoados nele”.6 Essa frase tirada do testemunho final de Morôni, escrita 1.000 anos depois da visão de Leí, é o testemunho do único caminho verdadeiro, prestado por um homem às portas da morte.
Gostaria de citar um testemunho dos “últimos dias”. Quando Joseph Smith e seu irmão Hyrum rumaram para Carthage, para enfrentar o que sabiam ser um martírio iminente, Hyrum leu estas palavras para consolar o coração do irmão:
“Tu tens sido fiel; portanto (…) serás fortalecido até que te sentes no lugar que preparei nas mansões de meu Pai.
E agora eu, Morôni, despeço-me (…) até que nos encontremos perante o tribunal de Cristo”.7
O que ele leu foram alguns versículos tirados do capítulo 12 de Éter, no Livro de Mórmon. Antes de fechar o livro, Hyrum dobrou o canto da página que havia lido, marcando-a como parte do testemunho eterno pelo qual aqueles dois irmãos iriam morrer. Tenho em mãos aquele livro, o mesmo exemplar que Hyrum leu, com o mesmo canto de página dobrado ainda visível. Mais tarde, quando realmente presos na Cadeia de Carthage, Joseph, o Profeta, dirigiu-se aos guardas que o mantinham cativo e prestou um vigoroso testemunho da autenticidade divina do Livro de Mórmon.8 Pouco depois pistolas e balas tirariam a vida dessas duas testemunhas.
Como um de mil elementos de meu próprio testemunho da divindade do Livro de Mórmon, apresento isto como mais uma prova de sua veracidade. Em suas — piores e últimas — horas de provação, pergunto a vocês se aqueles homens blasfemariam perante Deus, continuando a vincular sua vida, sua honra e sua própria busca de salvação eterna a um livro (e consequentemente a uma igreja e a um ministério) que eles tivessem criado ficticiamente do nada?
Desconsiderem o fato de que as esposas estavam prestes a tornarem-se viúvas e os filhos, órfãos. Desconsiderem o fato de que o pequeno grupo de seus seguidores ainda ficaria “sem casa, sem lar e sem amigos” e que seus filhos deixariam “pegadas de sangue”ao longo de rios congelados e pradarias inexploradas.9 Não faz mal que legiões morram e outras legiões vivam declarando aos quatro cantos desta Terra que sabem que o Livro de Mórmon e a Igreja que o proclama são verdadeiros. Desconsiderem tudo isso e me digam se, na hora de sua morte, aqueles dois homens entrariam na presença de seu Juiz Eterno citando um livro e encontrando consolo nesse livro que, a menos que fosse verdadeiramente a palavra de Deus, iria marcá-los como impostores e charlatães até o final dos tempos? Eles não fariam isso! Preferiram morrer a negar a origem divina e a veracidade eterna do Livro de Mórmon.
Há 179 anos esse livro vem sendo examinado e atacado, negado, esquadrinhado e criticado como talvez nenhum outro livro na história religiosa moderna — ou talvez como nenhum outro livro em toda a história religiosa — e ainda assim ele resiste. Teorias malogradas a respeito de sua origem surgiram, foram plagiadas e desapareceram: de Ethan Smith a Solomon Spaulding, de paranoia à genialidade ardilosa. Nenhuma dessas explicações absolutamente patéticas para o livro resistiu à análise, porque não há nenhuma outra explicação além da que Joseph, ainda jovem e iletrado, deu ao traduzi-lo. Afirmo isso, tal como meu próprio bisavô, que disse simplesmente: “Nenhum homem iníquo poderia escrever um livro assim, e nenhum homem bom o escreveria, a menos que fosse verdadeiro e que Deus lhe ordenasse que escrevesse”.10
Testifico que ninguém pode adquirir a fé plena nesta obra dos últimos dias — e assim encontrar a plenitude de paz e consolo nesta nossa época — até que aceite a origem divina do Livro de Mórmon e o Senhor Jesus Cristo, de Quem o livro presta testemunho. Se alguém for tolo ou desorientado o suficiente para rejeitar as 531 páginas de um texto até então desconhecido, repleto de complexidade literária e semítica, sem honestamente procurar explicar a origem dessas páginas — especialmente sem levar em conta seu vigoroso testemunho de Jesus Cristo e o imenso impacto espiritual que esse testemunho exerceu sobre o que hoje são dezenas de milhões de leitores — então essa pessoa, eleita ou não, foi enganada e, se deixar esta Igreja, será rastejando por cima, por baixo ou em volta do Livro de Mórmon para chegar à saída. Nesse sentido, o livro é o que se disse que o próprio Cristo seria: “uma pedra de tropeço e rocha de escândalo”,11 uma barreira no caminho daquele que não quer acreditar. Testemunhas, mesmo as que, durante algum tempo foram hostis a Joseph, testificaram até a morte que tinham visto um anjo e tinham manuseado as placas. “Elas nos foram mostradas pelo poder de Deus e não do homem”, declararam elas. “Sabemos, portanto, com certeza, que a obra é verdadeira.”12
Bem, eu não naveguei com o irmão de Jarede quando cruzaram o oceano e colonizaram um novo mundo. Não ouvi o rei Benjamim proferir o sermão que lhe foi revelado por um anjo. Não fiz proselitismo com Alma e Amuleque nem testemunhei a morte, pelo fogo, de fiéis inocentes. Não estive no meio da multidão de nefitas que tocou as feridas do Senhor após a Ressurreição, nem chorei com Mórmon e Morôni pela destruição de toda uma civilização, mas meu testemunho desse registro e da paz que ele traz ao coração humano é tão forte e inabalável quanto o deles. Tal como eles, “[dou meu nome] ao mundo para [testificar] ao mundo o que [vi]”. E tal como eles, “não [minto], Deus sendo testemunha disto”.13
Peço que meu testemunho do Livro de Mórmon e tudo o que ele implica, proferido aqui hoje, sob meu próprio juramento e ofício, seja registrado pelos homens na Terra e pelos anjos no céu. Acredito que ainda me restem alguns anos em meus “últimos dias”, mas mesmo que isso não aconteça, quero que fique absolutamente claro quando eu me colocar diante do tribunal de Deus que declarei ao mundo, na linguagem mais direta da qual sou capaz, que o Livro de Mórmon é verdadeiro, que ele surgiu da maneira que Joseph disse que surgiu e que foi dado para trazer felicidade e esperança aos fiéis no labor destes últimos dias.
Meu testemunho faz eco ao de Néfi, que escreveu parte do livro em seus “últimos dias”:
“Dai ouvidos a estas palavras e acreditai em Cristo; e se não acreditardes nestas palavras, acreditai em Cristo. E se acreditardes em Cristo, acreditareis nestas palavras, porque são as palavras de Cristo (…) e elas ensinam a todos os homens que devem fazer o bem.
E se elas não são as palavras de Cristo, julgai vós — porque no último dia Cristo vos mostrará, com poder e grande glória, que são suas palavras.”14
Irmãos e irmãs, Deus sempre oferece segurança para a alma e, com o Livro de Mórmon, Ele o faz novamente em nossa época. Lembrem-se desta declaração feita pelo próprio Jesus: “E o que entesourar minha palavra não será enganado”15 — e nos últimos dias nem seu coração nem sua fé lhes falharão. Presto sincero testemunho disso, em nome de Jesus Cristo. Amém.
Notas
1. Ver Mateus 24:24; ver também Joseph Smith — Mateus 1:22.
2. D&C 88:91. Ver também Lucas 21:26.
3. Ver History of the Church, volume 4, p. 461.
4. 1 Néfi 8:30.
5. 1 Néfi 11:25, 27–28, 31.
6. Morôni 10:32.
7. Éter 12:37–38. Ver também D&C 135:5.
8. Ver History of the Church, volume 6, p. 600.
9. Joseph Smith, History of the Church, volume 4, p. 539.
10. George Cannon, citado em “The Twelve Apostles“, Andrew Jenson, ed., The Historical Record, volume 6, p. 175.
11. I Pedro 2:8.
12. “Depoimento de Três Testemunhas”, Livro de Mórmon.
13. “Depoimento de Oito Testemunhas”, Livro de Mórmon; grifo do autor.
14. 2 Néfi 33:10–11; grifo do autor.
15. Joseph Smith — Mateus 1:37.
Eu amei esse discurso e sei que as palavras do Elder Holland são verdadeiras
Julio
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